segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Poema

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada
Sente, alongado os olhos deste mundo,
Os fins do ser, a graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo :
Á luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não podem nada.
Amo-te com o doer das velhas pernas,
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te nas coisas mais pequenas
Por toda a vida. E assim Deus o quisesse.
Ainda mais te amarei depois da morte.
Elisabeth Browning

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