sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Um momento de poesia


Amo-te quanto em largo,alto e profundo

Minh’alma alcança quando, transportada

Sente, alongado os olhos deste mundo,

Os fins do ser, a graça entressonhada.




Amo-te em cada dia, hora e segundo :

Á luz do Sol, na noite sossegada.

E é tão pura a paixão de que me inundo

Quanto o pudor dos que não podem nada.




Amo-te com o doer das velhas pernas,

Com sorrisos, com lágrimas de prece,

E a fé da minha infância, ingênua e forte.




Amo-te nas coisas mais pequenas

Por toda a vida. E assim Deus o quisesse.

Ainda mais te amarei depois da morte.



Elisabeth Browning

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